Um grupo de ativistas da Frente Antivivisseccionista do Brasil, com apoio de manifestantes, entrou na sede do Instituto Royal, em São Roque, e resgatou cães da raça Beagle, que eram utilizados em testes de laboratório. Após a invasão, no início da madrugada, pelas redes sociais os integrantes do protesto informaram que encontraram mais de 200 cachorros. Os bichos foram levados em carros particulares de ativistas. Até as 4h não houve registros de confrontos entre a polícia e manifestantes. Acompanhe abaixo postagens nas redes sociais que revelam detalhes do que aconteceu:
Os ativistas acamparam em frente ao laboratório desde a sexta-feira passada (11), em protesto por supostos atos de crueldade no uso de animais em testes com produtos farmacêuticos e cosméticos, especialmente os cães da raça beagle.
Na tarde desta quinta-feira haveria uma reunião entre os representantes do Instituto, ativistas, advogados e setor de zoonoses da prefeitura de São Roque. Os manifestantes informaram que minutos antes do encontro, souberam que havia chegado na empresa duas Kombis, duas vans e um caminhão que estariam prontos para possivelmente retirar alguns animais do local, na tentativa de eliminar supostas provas de maus-tratos.
De acordo com Adriana Greco, que permaneceu por uma semana na entrada do laboratório, no final da tarde desta quinta-feira os manifestantes chamaram a polícia após a entrada das vans no local. Segundo ela, os militares vistoriaram os veículos que saíram do instituto e nenhum animal foi encontrado. Vigilantes responsáveis pela segurança do laboratório pediram que um carro, onde estaria uma mulher grávida, saísse sem passar pela revista policial. A passagem, no entanto, foi negada e o veículo retornou, relatou a manifestante.
"Se alguma coisa acontecer, os animais são a prova. Enquanto estivermos aqui, saberemos onde eles estão", afirmou Adriana.
Na reunião, só compareçam os representantes da prefeitura e diretores de uma associação protetora dos animais. Já o Instituto Royal enviou uma nota à prefeitura, informando que, por medida de segurança, nenhum representante poderia comparecer ao encontro.
À noite, os pessoas que cercavam o instituto informaram ter ouvido choro de cães. Acreditando que os animais estariam sendo sacrificados, pediram adesão de mais pessoas, que compareceram à entrada da sede do instituto.
A reportagem entrou em contato com o Instituto, mas não obteve retorno.
Um protesto pelo fim das atividades do laboratório está sendo organizado nas redes sociais. A manifestação está marcada para as 10h deste sábado, em frente ao instituto, que fica no quilômetro 56 da rodovia Raposo Tavares, em São Roque.
O caso
Integrantes da Frente Antivivisseccionista do Brasil afirmam ter provas de que atos de crueldade contra animais são promovidos em testes para produtos farmacêuticos ecosméticos. Eles afirmam terem encontrado restos de cadáveres de animais e sangue nas proximidades do laboratório, que funciona como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) e, portanto, receberia dinheiro público.
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